Desde a minha adolescência até os meus vinte e poucos anos eu sonhava em encontrar um grande amor. Eu olhava as pessoas andando de mão dada na rua ou abraçadas no banco do ônibus e pensava comigo: será que um dia eu vou sentir o que é isso?
Até que eu encontrei a minha alma gêmea e finalmente pude sentir o que era amar e ser amado. Durante bons anos eu vivi alguns dos melhores anos da minha vida ao lado de uma pessoa que era a minha favorita no mundo inteiro. Tudo se encaixava e parecia que ali eu tinha finalmente encontrado a minha felicidade.
Até que algum tempo depois, nossos sonhos e prioridades já não eram mais os mesmos.
A partir do momento que eu comecei a perceber que a vida começava a nos levar por caminhos diferentes, eu nunca me senti tão desesperado, confuso e perdido.
Há alguns anos eu me mudei para um país bem longe de onde passei a minha vida inteira até então, sem conhecer ninguém do lado de cá. Sendo alguém que leva mais tempo do que a média para me sentir confortável na presença de pessoas novas, demorei mais de um ano até sentir que tinha feito amigos de verdade.
A vida melhorou bastante desde então e vivemos muitos momentos e experiências incríveis juntos.
Até que algum tempo depois vieram algumas discordâncias e conflitos de ideias.
Em certos momentos eu senti que algumas das pessoas que eu considerava aquelas mais próximas, me viraram as costas quando eu mais precisava de suporte.
Considero ter uma carreira de sucesso até então, sempre crescendo e buscando novos desafios desde que comecei meu primeiro estágio em 2010. Em alguns momentos entretanto eu me peguei trabalhando em projetos que não acreditava ou tendo que lidar com pessoas que não necessariamente admirava.
Até que em uma das minhas últimas aventuras profissionais, eu parecia ter encontrado o melhor dos dois mundos; um lugar onde eu acreditava no que estava fazendo e onde todos me incentivavam e admiravam por eu ser justamente a pessoa quem eu era, sem precisar forçar qualquer aparência que fugisse à minha naturalidade.
Até que algum tempo depois, algumas das nossas ideias já não eram mais as mesmas e algumas das habilidades únicas que eu oferecia para a equipe já não eram mais tão valorizadas como antes.
Ultimamente eu tenho finalmente começado a entender que é injusto com os outros e comigo mesmo atrelar à busca da minha felicidade a outras pessoas, trabalhos, lugares ou qualquer outro ambiente externo. É preciso, antes de mais nada, vir de dentro.
Na minha vida eu vou estar sempre em busca de amor, conexões verdadeiras e propósito em todas as coisas que faço e experiências que vivo.
O aprendizado entretanto é que não tem ninguém melhor do que eu mesmo para me fazer alcançar a maior parte disso tudo.
Se amar é bom demais.
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From my teenage years to my early twenties I dreamed of finding a true love. I looked at people walking hand in hand on the street or hugging on the bus seat and thought to myself: will I ever feel what this is like?
Then I found my long-awaited soul mate and I could finally understand what it meant to love and be loved. For a good number of years I lived some of the best times of my life next to the person who was my favorite in the whole world. Everything fell into place and it seemed that there I had finally found my happiness.
Until some time later, our dreams and priorities were no longer the same.
From the moment I started realising that life was leading us to different paths, I never felt so desperate, confused and lost.
A few years ago I moved to a country far away from where I had spent my entire life until then, without knowing anyone in my new surroundings. As someone who takes longer than average to get comfortable around new people, it took me over a year to feel like I had made close friends.
Life has improved a lot since then and we have had many amazing moments and experiences together.
Until some time later came some disagreements and conflicts of ideas.
At times I felt that some of the people I considered the closest ones turned their back on me when I most needed support.
That was a tough, lonely period.
I consider having a successful career so far, always growing and looking for new challenges since I started my first internship in 2010. At times, however, I found myself working on projects I didn’t believe in or having to deal with people I didn’t necessarily admire.
Until, in one of my last professional adventures, I seemed to have found the best of both worlds; a place where I believed in what I was doing and where everyone encouraged and admired me for being exactly who I was, without having to force any appearance that was out of my naturality.
Until some time later, some of our ideas were no longer the same and some of the unique skills I offered to the team were no longer as valued as before.
Lately I have finally begun to understand that it is unfair to others and to myself to tie the pursuit of my happiness to other people, jobs, places or any other external environment. It needs to come from within.
In my life I will always be looking for love, true connections and purpose in all the things I do and experiences I chase.
The learning however is that there is no one better than myself to make me achieve the most of it all.
Loving yourself feels so good.
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