Texto autoexplicativo

E então te queria tanto que passei literalmente a noite inteira acompanhando-te na dança. No Tango, na Salsa, no Samba e no Forró. Mas, pera aí. Eu detesto dançar!

E então no meu dia de folga aproveitei o espaço na cama para ficar abraçado a ti fazendo comentários de cada uma das cenas das novelas. Das 6, das 7 e das 9. Ah, e a das 11 também. Mas… Eu nunca gostei de dramaturgia!

E então eu estava te ensinando a fazer mais de 40 equações quadráticas para você ir bem no vestibular. Estranho. Até um dia desses eu não sabia qual era a fórmula de bhaskara.

E então eu disse qual dos dois blushes realçavam mais a sua beleza (você fica totalmente deslumbrante mesmo sem qualquer maquiagem). Alguma coisa havia acontecido. Até aquela noite eu não sabia nem se blush ou rímel eram coisas diferentes.

E então abri um sorriso quando a bola chutada pelo jogador do Flamengo balançou a rede. Calma aí! Eu sempre senti calafrios só de escutar esse nome!

E então te acompanhei na quarta tequila. Tequila? Eu não tomava desse veneno há pelo menos 2 anos.

E então pensei comigo que só queria ir embora do rodízio de japonês quando explodisse de tanto comer. Fiquei intrigado. Nunca tinha nem passado perto de um restaurante oriental.

E então, só de brincadeira, entrei numa loja de roupas infantis e comecei a achar graça do meu imaginário Eu Minúsculo vestido daquele jeito. Fiquei preocupado. Nunca passou pela minha cabeça ter um filho. Muito menos três.

E então te olhei dos pés à cabeça. Percebi que nunca havia amado alguém. Mas percebi que te amava. Acho que isso explica tudo.

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