O termômetro marcava 40º, então eu decidi dar um mergulho no mar e lembrei o quanto era boa essa sensação que não sentia há meses. A partir dali, prometi para mim mesmo: vou acordar uma hora mais cedo e fazer isso todos os dias. E tentei. Mas assim que levantei da cama no dia seguinte percebi que, dessa vez, com certeza a temperatura era menor do que 15º. Ao invés de reclamar, abri o armário e vi, lá no fundo, aquele casaco que eu tanto gostava mas não tinha usado nem 3 vezes. Vesti-o na hora.
Quando fui comunicado pelo meu chefe que a empresa se via obrigada pela crise a cortar pessoal, enxerguei uma ótima oportunidade para mudar de ares e seguir em frente.
No engarrafamento rotineiro, eu poderia até ter businado forte, mas preferi aumentar o som e cantar bem alto. Quando menos percebi já estava entrando na garagem de casa.
No dia em que o meu time de coração foi eliminado, preferi rir das piadas feitas pelos rivais a chorar.
Quando um menino de pés descalços e cerca de 11 anos me pediu para passar a carteira, lhe comprei um delicioso sanduíche.
Das metidas tirei um sorriso.
Dentre os defeitos de grandes amigos, escolhi as infinitas qualidades.
Ao término de mais um relacionamento joguei fora as discussões, tirei novos aprendizados, guardei as inúmeras boas lembranças e abri o coração para a próxima da lista.
E quando pensei que era bom sonhar, descobri algo ainda melhor: viver.
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